Afinal, o que é esse blog?

Você deve estar viajando comigo pelas dicas sobre viagens e também pelas reflexões que acabam me escapando a cada post!

Mas, em algum momento dessa viagem, você vai se perguntar:

– O que é isso aqui, Nanda? Qual é o seu objetivo?

Sinceramente, espero que você se pergunte mesmo!

Não quero leitores alienados!

Então, com isso eu já começo a te explicar o que é isso aqui!

O que estou fazendo com esse trabalho que, por incrível que possa lhe parecer, é um trabalho árduo que requer de mim muito investimento energético e dedicação de muitas horas da minha vida, mas que faço com um prazer imenso que não sou capaz de descrever!

Basicamente, o que quero fazer é lhe trazer fé!

Não fé em mim, tão pouco em qualquer deidade!

Isso a sociedade já te ensinou!

Quero que você acredite em seus sonhos e em sua intuição!

Desde que nascemos, somos ensinadas a ter fé em Deus e a acreditar nas outras pessoas. Especialmente nós, mulheres, somos desencorajadas desde cedo a acreditar em nós mesmas!

Comigo não foi diferente!

Confesso que essa é a minha luta diária! Acreditar em mim mesma é um ato revolucionário! Acredito que a maior revolução que posso fazer nessa vida!

Então, nessa longa jornada para começar a acreditar em mim, me deparei com a questão:

“O que faço com tudo isso que eu escrevo?”

Isso foi tema de terapia por anos!

Afinal, que mulher nunca sofreu com a síndrome da impostora?

Comecei a escrever muito nova!

Aos 8 anos escrevi um livro e dei de presente à minha mãe. Se chamava “A Rita que se irrita” que contava a história de uma mãe irritada! rs…

Não julguem! Pelo contrário, admirem!

Era uma menina recém-alfabetizada que já estava narrando suas histórias! Aquela menininha estava lidando com suas questões emocionais com a escrita!

Gente! Pensem que coisa incrível!

Acho que isso é, de alguma foram, uma herança linda que minha vó Maria (materna) me deixou!

Minha avó era uma contadora de histórias nata!

Nascida em Garanhuns, cidade do interior do Pernambuco, minha avó era o meu programa preferido desde que me entendo por gente!

Minhas lembranças de infância são dela sentada no sofá contando seus “causos”.

Na minha recordação, sempre estou sentada no chão e olhando pra cima, onde a Vó Maria contava seus envolventes causos, sua história de vida!

Que saudades!

Aquela senhora pequenininha, magra, de traços indígenas muito forte e pele preta tinha tantas histórias para contar!

Uma vez pedi que me contasse uma história de sua vida e ela me repreendeu (pela única vez na vida):

– História não. Eu não conto história, eu conto causo! Tudo aconteceu de verdade.

Êta! Nunca vi alguém contar causo bonito como ela!

E eu viajava junto com ela!

Os meus preferidos eram os que ela fugia de casa para ir a uma baile:

– quando eu voltava pra casa tomava uma “pisa” de minha mãe, mas valia a pena! Depois eu ia de novo porque adorava dançar! – seus olhos se enchiam de vida ao recordar os causos que contava!

Tinham também os de assombração! Esses eu “cagava” de medo, não vou mentir! Ave Maria, minha gente! Sinistro mesmo!

O fato é que, enquanto contava seus causos, me encantava e me levava a um mundo de imaginação em que ela e eu entravamos em outra dimensão.

Íamos a um lugar onde não tinha a leucemia que consumia seus dias e acabou sendo o motivo de sua partida, para mim precoce, aos 70 anos, quando eu estava prestes a completar 12 anos.

“As histórias são bálsamos medicinais. Elas têm uma força! Não exigem que se faça nada, que se aja de algum modo – basta que prestemos atenção. A cura para qualquer dano ou para resgatar algum impulso psíquico perdido está nas histórias”

Clarissa Pinkola Estés – Mulheres que Correm com os Lobos

A sua ausência foi presença silenciosa em minha vida por décadas!

Só percebi isso depois dos 30 anos!

Essa história é longa e está disponível no livro: A Doida que caiu no mundo: uma mulher em busca de si fazendo da vida uma viagem, assim como muitas outras que me atravessam e me fizeram me ser!

O fato é que, como minha Vó Maria, eu conto os causos da vida há tanto tempo! Conto e escrevo em formas diversas.

As coisas saem de mim!

Preciso escrever! É algo mais forte que eu!

Neste momento, estou em Mendoza, uma linda cidade na Argentina, às 21h de um sábado, pensando se realmente vou a um encontro com um homem interessante com quem tem falado ou se fico escrevendo.

Sinceramente, por mais que esteja interessada em conhecer pessoas e até um pouco carente, estou muito mais inclinada a continuar escrevendo!

Escrever é como transmuto toda a energia que me atravessa enquanto atravesso o mundo com meu jeito “emocionanda” de ser”.

Então, quando me dei conta, tinha tantas coisas escritas que eu compartilhava apenas com meus amigos mais íntimos e com a minha psicóloga!

Ela, por sua vez, me incentivou muito a colocar isso no mundo e, através do seu lindo trabalho, a me reconhecer escritora!

Fê, minha imensa gratidão por tudo!!!

No ano passado, ao longo do grande sofrimento físico e psíquico que passei quando fui acometida pela COVID-19, mergulhei nas minhas lembranças e escrevi a maior parte de A doida que caiu no mundo: uma mulher embusca de si fazendo da vida uma viagem.

Depois disso, comecei a organizar as ideias e os escritos e buscar formas de colocar no mundo aquilo que já não era mais meu!

Sim! Não era mais meu!

Recentemente, estive conversando com um escritor que admiro muito e fui apresentada a ela por uma amiga em comum, a Patricia.

“se você escreveu, já não pe mais seu! Agora é do mundo e você precisa entregar!

Poeta Seu Zé

Antes disso, comecei a vibrar ao universo que colocasse em meu caminho pessoas que pudessem me apoiar nessa jornada porque não se faz nada sozinho, mesmo que façamos as coisas de forma independente.

E assim o universo fez!

O Universo colocou em meu caminho o Francis e a Alê, que são da Representação Digital que é quem deu vida a este blog e a todas essas ideias e histórias que estavam guardas no meu drive do Google.

Eles se encantaram com a minha história, como muitas pessoas que passaram pela minha vida.

A diferença é que eles a escutaram com uma escuta ativa e pensaram: nós podemos ser parte disso! E são!

Eles são uma das partes importantes que materializam esses sonhos e reflexões para que cheguem até você!

Sonho que se sonha só, é só um sonho. Mas sonho que se sonha junto é realidade.

Raul Seixas

Acredite nos seus sonhos! Mas, quando encontrar uma sonhadora pelo caminho, acredite no dela também!

Sonho junto e realize junto porque você é o sonho do universo agindo para algo maior!

Afinal, quando você vai contar o que pretende com esse blog?

Agora! Na verdade, já estou contando!

Acredito que você já viajou um pouquinho comigo nesse post!

Passamos pela minha infância, viemos a Mendoza, temos uma foto da Tailândia na capa do post, Salavdor/BA também está aqui…

Transitamos pelo tempo e espaço, pelo sentido e pela falta de lógica do tempo!

Existem dois tempos: o de Chronos e o de Kairós.

Chronos é esse tempo de relógio, de lógica, que nos faz perder a vida tentando ganhar vida com uma razão que nos afasta de nós mesmos.

O tempo de Kairós é o tempo da nossa alma. Um tempo em que as coisas acontecem e fazem sentido pra nós, mas fogem da lógica neoliberal que a nossa mente nos obriga a assumir, nos distanciando de nós mesmos!

Transito pelos dois tempos, mas acabo passando maior parte nesse tempo da alma! O tempo que me resgata de tantas pressões que eu mesma me coloco para atender ao que acredito que a vida espera de mim!

Então, faceira, a vida chega juntinho e me recorda da minha missão:

Viver verdadeiramente!

E, com isso, despertar a vida em todas as pessoas que cruzam o meu caminho!

Então, com este trabalho te convido a viver de verdade!

É um chamado para começar a duvidar de tudo o que pensa e começar a se conectar com tudo aquilo que você sente!

Não me importa quem você acha que seja, quero lhe convidar a ser quem você verdadeiramente é!

Não é uma tarefa fácil, mas há um grande prazer em cada passo que damos!

Escrevo sempre que possível no feminino porque este blog é direcionado a todas as pessoas que se sentirem tocadas pelo compartilho.

Somos uma comunidade de pessoas emocio.nanda nos conectando pelo mundo

Aqui você tem acesso gratuito a muitas dicas de viagens e reflexões sempre que entrar aqui!

Você vai se sentir em uma mesa de bar comigo enquanto conto as histórias que vivo e te faço rir, chorar, repensar algumas escolhas, duvidar das suas dúvidas e medos e acreditar que tudo é possível!

Você vai começar a desenvolver uma escuta qualificada da sua própria vida!

Muitas pessoas têm me oferecido ajuda para publicar meus livros (são 4 escritos até aqui).

Me falaram para fazer uma “vaquinha” virtual pedindo ajuda para levantar o dinheiro necessário para ver este livro no mundo!

Mas eu não quero pedir ajuda sem oferecer nada em troca!

Então, criei este blog para que essa troca possa acontecer de forma colaborativa.

Todos ganhamos!

Recebo no Instagram todos os dias mensagens de pessoas falando como meus textos e reflexões as tem ajudado e inspirado em suas vidas.

Acontece que, nas redes sociais, os caracteres são limitados e tem tanta informação que a gente se perde!

Sem contar que as redes sociais são o lugar da Fakelicidade: a falsa felicidade que as pessoas ostentam nas redes sociais!

Minha proposta é o contrário disso!

Quero falar de sonhar e realizar sonhos, mas também de como lidar com as dificuldades da vida, com tudo aquilo que sai totalmente diferente do que planejamos!

Aqui você pode ter acesso ilimitado a tudo isso e muito mais!

Este é um sonho que se sonha junto e eu quero muito que você construa esse sonho comigo!

Vamos juntas?